Guia de planejamento da aposentadoria para o empreendedor
Aprenda a projetar sua independência financeira com as melhores estratégias
Quais são os seus planos para aproveitar a terceira idade? Uma coisa é certa: todo mundo quer ter conforto e estabilidade. Para isso, o planejamento é essencial. É importante preparar o terreno para a aposentadoria o mais cedo possível, para evitar uma colheita escassa, com apertos e problemas futuros. Existem caminhos para alcançar bons resultados em longo prazo, e, como em qualquer investimento, é preciso ter cuidado ao fazer escolhas.
Muitos cidadãos veem a aposentadoria como um sonho distante ou uma ilusão – principalmente com a reforma da previdência – e a terceira idade como um tempo nebuloso, que vai demorar a chegar. Esse cenário não é real; piscou os olhos e o futuro é um presente que bate à porta.
É possível também se aposentar e viver bem na velhice, mas é certo que contar somente com a renda do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) não é mais garantia de saúde financeira e tranquilidade. A sociedade está envelhecendo, e existem menos pessoas colaborando com o pagamento do benefício de quem está aposentado.
O aumento da expectativa de vida, associado à redução da taxa de natalidade, delineia no horizonte um novo perfil do brasileiro. Conhecido por ser um país jovem e com população jovem, o Brasil está em rápida transição. Projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sinalizam que 2030 será um marco; a partir daí, o contingente de pessoas acima de 60 anos será superior ao de crianças e adolescentes de até 14 anos.
A mudança demográfica vai impulsionar alterações na previdência. Como não é possível prever as transformações, podemos nos inspirar no conselho do consultor administrativo Peter Drucker: “Não podemos prever o futuro, mas podemos criá-lo”. Confira algumas dicas valiosas para iniciar seu plano de ação.
Como contribuir para assegurar a aposentadoria
O planejamento é imprescindível para o empreendedor garantir conforto financeiro no futuro. Ele é responsável pela gestão da sua aposentadoria e precisa de disciplina. É diferente do trabalhador que tem carteira assinada, pois o desconto do INSS é automático, e a empresa se responsabiliza pela gestão. O comum nas duas situações é a obrigatoriedade de contribuir para o INSS.
Com a reforma da previdência, muitos empreendedores ficaram com dúvida sobre as regras para se aposentar com segurança e fazer o cálculo certo. Não existe uma categoria exclusiva para o empresário, pois eles estão na mesma do trabalhador do sistema privado. Na modalidade de aposentadoria por idade, as mulheres precisam ter idade mínima de 62 anos e os homens, 65 anos. Além da contribuição mínima de 15 anos para as mulheres e de 20 anos para os homens.
O microempreendedor individual (MEI) que paga a taxa do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS-MEI) já tem o INSS incluso no valor, portanto tem direito a se aposentar após 15 anos de contribuição.
Semeie bem o terreno
É possível mesclar previdência pública e privada, aliar com outras fontes de renda, e até carteira de investimentos. Um caminho não exclui o outro, e deixar para depois só torna o objetivo mais árduo. Se as contas do mês estão elevadas, repense seus gastos e inclua uma contribuição fixa para a aposentadoria, como uma parcela mensal que trará retorno. Nessa lógica, enxergue como o aluguel ou a conta de luz: despesas previstas e com prazo, além de não poderem ser adiadas ou negligenciadas.
Uma excelente estratégia
Quem entrar agora no mercado de trabalho, se contar só com a aposentadoria do INSS, não tem perspectiva de obter uma renda que assegure estabilidade. Com a mudança das regras do benefício e com a possibilidade de haver novas reformas, é prudente não esperar pelo desconhecido. Portanto, é essencial compreender como funciona a previdência privada, que é um ótimo investimento para quem deseja ter um futuro mais abundante.
A previdência privada, também conhecida como complementar, é uma forma de garantir mais qualidade de vida e uma renda mais robusta. Possibilita contar com benefício extra, além do INSS, quando estiver aposentado. É uma alternativa atraente, com regras mais flexíveis, que permitem a escolha do valor e do tempo de contribuição. Um modelo de investimento de médio ou longo prazo, que não se destina a planejar exclusivamente a aposentadoria. Pode ajudar a financiar outros projetos de vida, como uma pós-graduação, casa própria, um negócio, intercâmbio ou a viagem dos sonhos.
Ao contratar uma instituição financeira destinada a esse investimento, todo mês, você faz um aporte no seu plano personalizado. A previdência complementar é dividida em duas modalidades: o PGBL (Programa Gerador de Benefício Livre) e o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre).
O primeiro é bom para quem faz a declaração completa do Imposto de Renda, e o segundo é recomendado para quem é isento ou faz a declaração simplificada. Não se espante com as siglas: na prática, o entendimento é simples. Você só precisa compreender a diferença entre elas e consultar, se possível, um especialista para escolher a mais indicada ao seu perfil. Vale a pena saber mais para começar o mais breve possível.
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