Especialista diz que fim do DOC e TED dá força ao PIX para ameaçar os cartões de crédito
Hoje (15) o mercado financeiro terá o fim das transações via Documento de Ordem de Crédito (DOC), que podem ser realizadas até às 22h
Hoje (15) o mercado financeiro terá o fim das transações via Documento de Ordem de Crédito (DOC), que podem ser realizadas até às 22h. Após este prazo, não será mais possível utilizar esse meio de pagamento. Esse tipo de transferência perdeu espaço para formas mais rápidas e mais baratas de transferência de recursos, principalmente após o lançamento do Pix.
Um Levantamento feito pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos) sobre meios de pagamento com base em dados divulgados pelo Banco Central mostra que as transações via DOC no primeiro semestre de 2023 somaram 18,3 milhões de operações, apenas 0,05% do total de 37 bilhões de operações efetuadas no ano.
Segundo Alexandre Ripamonti, professor de economia e finanças da ESPM, o fim do DOC é o prenúncio do fim da TED e de todas outras formas de transferência de recursos entre instituições financeiras. O PIX deve predominar e representar, inclusive, ameaça para os cartões de crédito. “O cidadão será o maior beneficiado, pois os novos meios representam maior velocidade para receber e pagar. As empresas também são beneficiadas. Além disso, o PIX pode tomar uma parte do mercado do cartão de crédito, mas empresas deverão tomar mais cuidado ao vender a prazo para seus clientes”.
O especialista ressalta ainda que essas alterações para o setor financeiro aumentam a liquidez perseguida pelo Banco Central e torna o sistema financeiro mais robusto, protegendo o cidadão de instituições com problemas. “Outra implicação relevante é a de que uma pequena parte de receitas das instituições financeiras, como juros sobre o tempo que levava para transferir o dinheiro de uma pessoa para outra e taxas sobre a transferência, deve ser substituída por outros tipos de produtos a serem oferecidos aos clientes”, explica Ripamonti.
O especialista está disponível para comentar o assunto.
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Alexandre Ripamonti, professor de economia e finanças da ESPM
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